“Investigadores da Operação Zelotes afirmam que o caçula de Lula, Luís Cláudio Lula da Silva, e sua empresa, a LFT Marketing Esportivo, receberam quase R$ 10 milhões de origem suspeita. Luís Cláudio é suspeito de se beneficiar do esquema de venda de medidas provisórias, inclusive no governo do pai. O problema do filho de Lula, um ex-auxiliar de preparação física de times de futebol, é demonstrar e provar a prestação de “serviço de consultoria” que sua defesa aponta para justificar o recebimento de valores tão significativos.
“O ministro da Transparência, Fiscalização e Controle, Fabiano Silveira, pediu demissão do governo Michel Temer. A decisão foi anunciada em uma carta enviada na noite desta segunda (30) ao presidente interino. Na mensagem, Silveira afirma que optou pela demissão para que “nada atinja” a conduta dele.
“O ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse que um dos maiores problemas do governo do presidente em exercício Michel Temer para tirar o Brasil da crise “é que parte do Congresso é de réus”. Também deputado federal licenciado (PPS-PE), o ministro complementou: “Se há inteligência no Congresso, e eu acho que há, todos sabem que chegou ao fundo do poço”. Apontou, como solução, que a Operação Lava Jato vá às últimas consequências, sem interferências.
“Ligado à alta cúpula do partido do presidente interino, o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, alvo da Lava Jato, gravou conversas com três caciques do PMDB: o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), o senador Romero Jucá (RR) e o ex-presidente José Sarney (AP). O áudio dos diálogos travados com Jucá, divulgado pelo jornal Folha de S. Paulo na segunda-feira, derrubou o peemedebista do ministério do Planejamento após apenas doze dias no cargo. Mas mais do que o conteúdo já divulgado dos grampos, preocupa a legenda o que ainda está por vir – nos bastidores, avalia-se que novos diálogos devem complicar ainda mais a vida de Renan e até de peemedebistas que se livraram de integrar a primeira ‘lista de Janot’…
“Incomodado com os protestos em frente à casa dele, em São Paulo, o presidente em exercício, Michel Temer, mandou um recado indireto para os manifestantes.
“Michel Temer perde o seu maior articulador para passar no Congresso a nova meta fiscal. Mais: cria um problema no Senado, onde sua margem no impeachment é estreita.” “As gravações publicadas pela “Folha de S. Paulo” são incandescentes, mas não são as únicas neste mesmo tom que vem por aí. Outras foram feitas. E têm Sérgio Machado, sempre, como um dos interlocutores. O que indica algo óbvio: Machado queria falar muito com seus ex-parceiros e dar corda para que eles falassem. Como Jucá.” (Lauro Jardim).
“Oficialmente afastada nesta quinta-feira do Palácio do Planalto, Dilma Rousseff insistiu em seu derradeiro discurso na ideia petista de que a democracia é simbolizada apenas pelo voto popular. Ao tachar novamente o processo de impeachment de golpe e questionar sua validade, ela mais uma vez ignorou as instituições que fazem do Brasil um Estado democrático de direito – e que chancelaram o processo que culminou no seu afastamento.”