“Nesta semana que termina, as redes sociais foram inundadas com textos afirmando que “Lula não quer ser presidente”, que vai “desistir da candidatura”. Eu discordo. E provo o contrário.”

Continuando com o texto que está circulando nas grupos do what´s up, sem identificação de autoria, mas nem por isso puramente verdadeiro: “O Lula que vimos esta semana apresentou seu projeto de governo nu e cru: incitou o assassinato intrauterino; vilipendiou a sofrida classe média; disse que resolveria a guerra na Ucrânia num boteco; quer revogar as reformas econômicas; ofendeu o Congresso Nacional; defendeu o aumento de impostos e a injeção dos bilhões arrecadados em países estrangeiros; quer censurar as mídias sociais e ainda atiçou sindicalistas a molestarem os familiares dos deputados. Tudo isso foi apenas uma amostra das dezenas de sandices proferidas. Estaria ele fora do seu juízo normal?

Não está. Vimos nesta semana o Lula-raiz, sem marqueteiro, edição ou teleprompter. Os que duvidam disso subestimam uma das mais poderosas forças que movem o espírito humano: o ressentimento, o desejo de vingança. Lula apaixonou-se perdidamente pelo poder, tal qual Vargas — que ele tanto se esforça em emular. Esteve à mesa com os mais importantes líderes mundiais, saudado como proeminente líder humanista: o “cara”. Tinha no bolso as chaves dos cofres da República (Petrobrás, BNDES, CEF, Correios etc.). Ajudou a eleger e conservar no poder tiranos mundo afora. Foi o mecenas do Foro de São Paulo. Por mais de oito anos esteve pairando nas nuvens, acima do Bem e do Mal. Ninguém sai de lá incólume.

Subitamente, as forças do destino conspiraram contra o seu projeto de poder. Alvejado pelo mensalão, José Dirceu foi obrigado a ceder o seu lugar na linha sucessória a Dilma Roussef, e o mundo desabou para Lula e o PT. Lula teve os bens bloqueados, sendo denunciado e condenado em processos variados, em todas as instâncias possíveis e imagináveis. Encarcerado durante meses, planejou cuidadosamente seu retorno, agora com a faca nos dentes e sangue nos olhos. O Lula-raiz tem sede de vingança generalizada. Duvidam?

Os incautos ignoram as manobras ocultas do metalúrgico que parou de trabalhar ainda em meados dos anos 1960, num acidente suspeito durante a madrugada. Xingados por ele como “covardes”, seus escolhidos para o STF finalmente perderam a vergonha, ao invés da “covardia”. Hoje são eles que, de fato, governam o Brasil com mãos de ferro e impõem a própria vontade como promotores, réus e juízes — tudo ao mesmo tempo. Jornalistas saem da cadeia paraplégicos, líderes de partidos são encarcerados, deputados usam tornozeleiras eletrônicas por expressarem suas opiniões. Supera-se o autoritarismo dos tempos sombrios do Estado Novo, pois hoje sequer as mães dos congressistas escapam da fúria persecutória.

Às favas as pesquisas eleitorais! Às favas o resultado das urnas eletrônicas inauditáveis! Basta uma simples canetada do TSE para eliminar qualquer adversário do petista nas próximas eleições. E ele bem sabe disso. O que esperar do futuro? A História nos oferece lições valiosas. Corruptos e ditadores jamais se tornaram probos ou democratas com o passar dos anos, muito menos quando retornam à cadeira residencial — Hugo Chávez e Perón que o digam. Vargas, por exemplo, decidiu eliminar fisicamente seus desafetos políticos, via Gregório Fortunato, chefe da sua guarda pessoal. Acabou deposto pelos chefes militares e deu fim à própria vida.

Meu palpite é que Lula emulará Getúlio até o final. Em caso de vitória nas próximas eleições, sua cruzada vingativa extrapolará quaisquer limites já vistos em nossa história. Ele sequer cuida em disfarçar seus intentos. Em seus últimos dias de vida, enfurnado em num bunker subterrâneo em Berlim, com a nação em ruínas, Hitler lamentou não ter “expurgado seu Corpo de oficiais, como fez Stalin”. Em breve, o futuro dos nossos filhos e netos pode estar nas mãos de um homem amargurado, cego pelo ódio e pelo ressentimento. Resta aos brasileiros de bem — aos que colocam o destino do País acima das ambições pessoais — a tarefa de detê-lo. O quanto antes, melhor. (Desconheço a autoria. Repassando como recebi).

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VIDA QUE SEGUE:

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