È a pergunta que não quer calar!
Ney Lopes – jornalista, advogado, ex-deputado federal, ex-presidente do Parlamento Latino-Americano e procurador federal, pergunta no DIÁRIO DO PODER, “Por que Alckmin não assume Presidência?” e continua: “O anuncio da cirurgia do presidente Lula motivou a indagação sobre as razões do vice-presidente Geraldo Alckmin não ocupar a presidência da República, durante a convalescença do pós-operatório.
A dúvida veio pelo fato de que, recentemente, a vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, assumiu o governo por 1 hora e 20 minutos, enquanto o presidente Biden estava sob anestesia, passando por uma colonoscopia.
Estados Unidos – O processo de entrega temporária do poder à vice-presidente foi ratificado pela Suprema Corte americana, em 1965. A vice-presidente devolveu o poder ao presidente, logo após ele acordar da anestesia. Pela primeira vez, o cargo foi dado a uma mulher, desde que George Washington assumiu, em 1789, a presidência do país. Depressão – O curioso é que quase metade dos presidentes americanos tinha algum tipo de doença mental.
Lincoln, apesar de ter depressão severa e surtos psicóticos, cumpriu todas as tarefas, durante sua passagem pela Presidência. Lyndon Johnson era bipolar. Richard Nixon sofria de alcoolismo. Nada disso significou, que eles não pudessem governar. Brasil – A Constituição brasileira não impediria Alckmin assumir temporariamente, embora não obrigue. O vice-presidente tem a função de substituir o Presidente, no caso de viagem ao exterior ou “impedimentos” e sucede-lo em caso de renúncia ou destituição do cargo.
Com base em “impedimentos”, o presidente Lula deveria ter tido a cautela de transferir o governo ao vice, pelo menos enquanto estivesse internado. Primeira dama – Comenta-se, que a primeira dama discordou da hipótese de Alckmin exercer a presidência, durante a convalescença. O governo adiou, inclusive, uma viagem de ministros ao RGS, para Janja integrar a comitiva.
A interpretação é que a intenção seja colocá-la “de fato” na Presidência. Até o jornal português “Diário de Notícias” publicou matéria com o título: “Quem, afinal, substitui Lula: o vice ou a primeira-dama? ” Ditadura – A propósito de vice presidente, a memória nacional relembra Pedro Aleixo, o advogado, jornalista, professor emérito de Direito e político brasileiro, que exerceu a vice presidência do país, entre 1967 e 1969. Em dezembro de 1968, o general e presidente Costa e Silva aprovou o Ato Institucional número 5, que deu início ao período mais autoritário da história recente do Brasil. Reação – Pedro Aleixo foi o único que se manifestou contra o AI-5.
Em represália, após o afastamento do presidente Marechal Costa e Silva, em 1969, por problemas de saúde, sem nenhuma justificativa, foi impedido de tomar posse pelas Forças Armadas. O governo passou a ser exercido por uma junta militar. Típico ato de força, que mancha a tradição constitucional do Brasil.”
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RELEMBRANDO O SAUDOSO ERASMO CARLOS: SERÁ MENTIRA OU SERÁ VERDADE?
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