…afirma Percival Puggina em seu artigo de hoje 25/02/24:
“Que diriam Chico Anysio, Costinha, Dercy Gonçalves, Ronald Golias, José Vasconcellos, se chamados do Além para proferir algumas palavras neste velório silencioso do humor brasileiro? Por vezes, penso que alguém impôs sigilo até às exéquias do bom humor nacional.
No início, pareceu-me que as máscaras da Covid vinham para ficar. O riso e o sorriso sumiram sob a tirania dos elásticos e das sanções. No entanto, saíram os elásticos e as sanções permaneceram. Pobre e triste Brasil! Tão ferida está tua alma que o humor circula na criptografia dos e-mails e das mensagens pessoais que tanta curiosidade (e ira) suscitam. De fato, nas catacumbas onde alguma privacidade é preservada, os dias nos surpreendem com o qualificado humor de muitos. A criatividade e a inteligência resistem à bisbilhoteira inteligentzia oficial.
O humorismo sumiu do rádio, da tevê, das revistas e dos teatros; está custodiado em uma ou outra página perdida por aí. Suprimiram-lhe os melhores personagens, os mais atuais e engraçados, ou seja, certos políticos e suas performances. Tomaram-lhe, principalmente, os penetras do palco, noviços da arte política e seus excessos. Se tiram do humor a vertente dos plenários e dos plenos, de onde viriam o riso e a graça? Das narrativas repetidas numa constância de provocar engulhos até em cantor de rap? Vamos deixar a realidade num cabide e fazer humor com os vestidos desta ou daquela dama?
O humor falece junto com a liberdade. Por isso, as verdadeiras democracias preservam o humor político como verdadeiro tônico da participação social; não prendem nem constrangem seus humoristas ao exílio. A três palmos de meu nariz, estão os livros que mais frequentemente acesso. Entre eles, dois preciosos volumes de “Uma campanha alegre”, coletânea de artigos de Eça de Queiroz para o jornal “As farpas”, que ele e Ramalho Ortigão lançaram em 1871 para combater as instituições portuguesas de então. Creiam: é gênio em prosa!
Num texto de agosto desse mesmo ano, após criticar certa situação específica envolvendo a Câmara dos Deputados, ele interroga os parlamentares portugueses: Por que não tiram, para maior comodidade de suas pessoas, a consequência lógica de seu procedimento? Se se desprenderam de todo respeito, por que não se desembaraçam de suas gravatas? Se se atribuíram o direito de dizer injúrias, por que não se dão o direito de trazer chinelas? Por que conservam uma certa compostura de toilette – se têm desabotoado tanto a dignidade?
Se alguém espera humor a favor, terá que se munir de paciência e boa poltrona. Não existe humor a favor, não existe humor pró! Para isso, o que existe é a ironia, mas cuidado, essa anda sobre o perigoso fio da navalha da hipocrisia. A causa mortis do riso e da graça é bem simples: o humor político se inspira em algo ou alguém que pode não gostar. Por isso, como toda forma de expressão do pensamento, precisa das garantias constitucionais.
VIDA QUE SEGUE com as notícias mais importantes do DIA, ilustradas com o objetivo de fazer cócegas no raciocínio de pessoas inteligentes, diante das situações e declarações de suas EXCELÊNCIAS – que somente elas julgam plausíveis e convincentes como se fossemos todos idiotas:
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
A fim de evitar mal entendidos e acusações de FAKE NEWS, informo que só ilustro FATOS PUBLICADOS E CHECADOS NA IMPRENSA NACIONAL. Se consultada no google a FRASE ILUSTRADA leva diretamente à matéria que lhe deu origem. EXEMPLO?
.
.
MUITA SAÚDE POIS, PARA O….
.
.
.
.
GOSTOU DESTA MATÉRIA? FAÇA UM PIX DE 5 REAIS PARA QUE EU POSSA CONTINUAR PAGANDO MEU SEGURO DE VIDA: 71 99373 0848
O GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO LHE PROVERÁ!
Comentários Fechados