“Documentos apreendidos na Operação Custo Brasil mostram que o advogado do ex-ministro Paulo Bernardo pegava dinheiro das fraudes no empréstimo consignado e pagava despesas da família do ex-ministro. Imagina: você contrata um advogado e ele é que paga as suas despesas. A Polícia Federal desconfiou.
É uma inversão estranha. A investigação aponta que o escritório contratado pelo ex-ministro Paulo Bernardo pagava despesas jurídicas e pessoais dele e da mulher, a senadora Gleisi Hoffmann. O documento a que a TV Globo teve acesso é um relatório da Polícia Federal sobre o material apreendido no escritório do advogado Guilherme Gonçalves, em Curitiba, no ano passado. Serviu de base para a Operação Custo Brasil, que prendeu 11 pessoas na semana passada. Entre elas o próprio advogado e Paulo Bernardo, ex-ministro do Planejamento no governo Lula e das Comunicações no governo Dilma.” (G1 – BOM DIA BRASIL).
“Ministro disse que cabe ao juiz da 6ª Vara Criminal decidir medidas cautelares como comparecimento periódico à justiça, recolhimento domiciliar à noite e uso de tornozeleira electronica.” (Laryssa Borges – Veja.com). “Um policial reparou que o ex-ministro não fez reclamações nem pediu tratamento especial. Ganhou, por isso, o apelido de “lord” entre agentes.” (Painel – Folha de São Paulo).
“Ao deparar com a notícia de que a prisão preventiva de Paulo Bernardo foi revogada por Dias Toffoli, voltei a pensar na reportagem do Jornal Nacional: “Segundo a Justiça de São Paulo, Paulo Bernardo chefiava uma organização criminosa que roubou 100 milhões de reais de funcionários públicos e aposentados que viram no consignado a miragem de melhorar o padrão de vida de si próprios e dos que os rodeiam. Era um roubo de formiguinha: pouco mais de um real por mês de cada devedor, pago a título de taxa de administração para uma empresa que repassava a “mais-valia” de cada real a Paulo Bernardo, PT e o resto daquela gente que só queria acabar com a fome no mundo.“ (Mario Sabino).
“Independentemente da argumentação sobre o suposto “constrangimento ilegal”, a concessão de habeas corpus ao ex-ministro dos governos do PT Paulo Bernardo pelo advogado de carreira no PT Dias Toffoli em canetada que suprimiu duas instâncias do Poder Judiciário (TRF de SP e STJ) é mais uma amostra da situação que este blog resume assim: Brasil vive o duelo entre juízes concursados que mandam prender políticos e ministros indicados por políticos ao STF que mandam soltá-los. Se o político é preso por corrupção em órgão público para o qual foi nomeado pelo presidente eleito por seu partido, constrange a população que seja solto por um ministro nomeado pelo mesmo presidente.“ (Felipe Moura Brasil – Veja.com).
“O juiz Paulo Bueno de Azevedo acatou a decisão de Dias Toffoli e impôs medidas cautelares suaves a Paulo Bernardo. São elas: comparecimento quinzenal, proibição de contato com demais investigados, suspensão de exercício ou cargo público, proibição de se ausentar do país e retenção do passaporte. Nada de tornozeleira eletrônica.” (O Antagonista).
“Em sua delação premiada, o ex-vice da Caixa Econômica Federal Fábio Cleto relatou que uma empresa de Eike Batista pagou propina a ele próprio e ao deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para obter recursos do fundo de investimentos do FGTS.” (Folha de São Paulo).
“Segundo assessores do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, o julgamento do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff vai ficar para depois da Olimpíada do Rio, que ocorre entre os dias 5 a 21 de agosto. Reportagem do jornal O Globo desta quarta-feira, 29, informa que a data decisiva do processo só deve acontecer a partir do dia 26 de agosto.” (Diario do Poder).
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