“Escrevo num destes raros momentos da História em que o tempo nos parece parado, em que tudo espera, aguarda, paralisa-se, ensejando uma definição….”
“Escrevo num destes raros momentos da História em que o tempo nos parece parado, em que tudo espera, aguarda, paralisa-se, ensejando uma definição….”
“Estamos numa reunião do condomínio Pindorama. O cínico síndico quer aprovar um orçamento cheio de maracutaias. Por esperteza, põe como primeiro item da Ordem do Dia a proposta de liberar o uso do playground para os pets. Começa uma discussão acalorada. Xingamentos e outras ofensas, revelações de “podres’ dos vizinhos desafetos, tentativas de agressões, etc. Duas horas depois, já exaustos, os moradores aprovam em cinco minutos, sem ler, o malandro orçamento.
“Vamos lá encarar mais um ano desta era de turbulências brasileiras. Apesar de todos os pesares, perturbações muito bem-vindas e extremamente didáticas. Começamos logo pelo julgamento que poderá condenar à prisão um ex-presidente que, ainda assim, se diz disposto a disputar de novo o cargo, animado pelo primeiro lugar nas pesquisas eleitorais a despeito da enorme folha corrida de dívidas com a Justiça. Coisas do Brasil…” Continuemos com o artigo de Dora Kramer, publicado na VEJA edição nº 2563, intercalado com os primeiros MEMES produzidos em 2018:
Como José Simão diz que “Retrospectiva é ruim porque você passa vergonha duas vezes!”, fiquemos com as mensagens dos nossos personagens prediletos:
“Os “donos do poder”, embora acuados, não querem mudar suas práticas hediondas. O Crime Institucionalizado apenas se reinventa para continuar dominando. Por isso, o tesão de uma retomada já se torna algo broxante.
“O procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Operação Lava-Jato, usou sua conta no Twitter para criticar o indulto natalino — que facilita o perdão total da pena a condenados por crimes cometidos sem violência ou ameaça, como corrupção e lavagem de dinheiro — concedido pelo presidente Michel Temer e publicado no Diário Oficial nesta sexta-feira. Em mais de uma dezena de posts na rede social, Dallagnol atacou a iniciativa que chamou de “feirão de natal para corruptos”.
“Lutar contra os memes na era da internet é ir contra uma correnteza muito forte. Os memes se espalham, se transformam, se fundem, se significam e re-significam em alta velocidade, com muito poder e quantidade avassaladora.”
“O deputado Tiririca estava errado. Ficou provado: pior, fica. Na campanha de 2010, Tiririca pediu votos assim: “O que é que faz um deputado federal? Na realidade, eu não sei. Mas vote em mim, que eu te conto.” Desgostoso com a política, ele subiu à tribuna da Câmara para anunciar a intenção de abandonar o circo parlamentar.
“No país das “zelites” alienadas, temos hoje um cenário de convés do Titanic, após o rombo e antes do naufrágio.
“Faz tempo que a imagem do político está vinculada à corrupção, promessas não-cumpridas, incompetência, descaso com a população. Atualmente isto se acentuou o que, por tabela, dificulta a atuação e manutenção das máquinas partidárias. O desgaste é sentido, inclusive, pelos três maiores partidos: PMDB, PT e PSDB.