“Não compactuei nem compactuo com a corrupção”, disse Dilma Rousseff, na sexta-feira, ao discursar para militantes petistas na cidade de Recife. A oradora enganou-se. Entusiasmada com a delação de Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, Dilma criticou os “usurpadores” do PMDB com tanto entusiasmo que esqueceu de mencionar um detalhe: a pilhagem ocorreu sob o seu nariz.
Além das confissões de Sérgio Machado, um apadrinhado de Renan Calheiros, há na praça outro corrupto confesso ligado ao PMDB: Fábio Cleto, um afilhado de Eduardo Cunha que serviu aos interesses partidários como vice-presidente de Fundos do Governo e Loterias da Caixa Econômica Federal. Embora já tenha sido avalizada pelo ministro Teori Zavaschi, relator da Lava Jato no STF, a delação de Fábio Cleto permanece sob sigilo. (Josias de Souza).
“A Receita Federal aplicou uma multa de cerca de 100.000 reais ao presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por inconsistências nos rendimentos declarados em 2010. Além disso, o órgão está fazendo um “pente-fino” nas declarações do peemedebista de 2011 a 2014 e corre contra o tempo para dar as sanções antes que o crime de sonegação de impostos seja prescrito. A informação foi publicada em reportagem do jornal Folha de S. Paulo publicada na edição deste sábado.” (Veja.com).
“Em sua delação premiada bombástica, o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado acusou o atual presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), de tê-lo pressionado para arrecadar mais propina. Segundo ele, também foi ameaçado para ser mais eficaz na arrecadação ou seria retirado da presidência da empresa.”
“Eunício Oliveira e Randolfe Rodrigues estiveram na quinta-feira passada com Rodrigo Janot, no prédio da Procuradoria-Geral da República. Foram atuar como bombeiros entre Renan Calheiros e ele. O PGR gostou da conversa. Os senadores também. Mas Janot deu a entender que vai para a guerra.” (Guilherme Amado).
“Para desacreditar Machado, os citados vão dizer que ele se apropriou de toda a propina que coletou e disse ter repassado em espécie a políticos. Em depoimento, o delator disse que usava codinomes para designar os beneficiários da propina e que nem empresas nem políticos “sabiam quem era quem”. “Empresa nenhuma dá milhões em dinheiro sem saber a quem. Claro era tudo para ele”, diz Antonio Carlos de Almeida Castro, advogado de José Sarney e Romero Jucá.” (Vera Magalhães – Radar On-line).
“A Câmara dos Deputados custeou, com dinheiro retirado do bolso do contribuinte, exatas 282 diárias de parlamentares que viajaram ao exterior somente este ano, entre janeiro e junho. Nova York continua sendo o destino favorito de suas excelências: foram 91 diárias para a “Big Apple”. Outro destino frequente de deputados em viagens oficiais aos Estados Unidos é Las Vegas, cidade conhecida pelos cassinos.” A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.”
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