
…CIRCULANDO POR BRASÍLIA.
LEIA-MO-NOS ENTÃO: “Querido diario íntimo. Não, não está faltando acento. Percebeu o sotaque? É que passei o dia mostrando Brasília pra Nadine Heredia. Não conhece? Ah, é a ex-janja do Peru que meu marido acolheu humanitariamente aqui, después que la Operación Autolavado prendeu o lula dela. Quinze anos de cana. Tadinha. Infelizmente o Peru não tem uma democracia sólida nem um Fachin pra chamar de seu.
Mas antes de contar como foi o passeio por Brasília com Ná, quero deixar registrado pra posteridade: eu adoro o Peru. Sempre gostei. O Peru é lindo! Mas nessa coisa aí de “combate à corrupção”, sejamos sinceros: o Peru deu mole. Sei lá, o Peru anda agressivo demais, não acham? E pendendo para a direita. Definitivamente o Peru se apequenou. Mas chega de falar do Peru, porque tá ficando duro… aguentar tanta perseguição política.
E lá fui eu receber a Ná no aeropuerto. (Desculpe, é que eu pego sotaque fácil). Fui dar três beijinhos, mas ela só deu dois e eu fiquei com a cara no ar, sabe como? Perguntei como tinha sido o voo e ela elogiou o serviço de bordo da FAB. “Os militares são ótimos quando se trata de servir a nós, comunistas”, eu disse, ela não entendeu, eu disse bem devagar, ela continuou não entendendo e daí que me toquei: “Los milicos son ótemos para serbir a nossotros, comunas”.
No caminho até o Alvorada, passamos por um lava-jato e a Ná, traumatizada, começou a chorar. Ela me disse que teve que fugir às pressas, deixando pra trás uma linda coleção de sapatos e bolsas. Choramos juntas ao pensarmos no dinheiro do contribuinte peruano sendo desperdiçado assim, nas mãos de golpistas direitistas fascistas sem o nosso bueno guesto. Ela me contou também que vai ter saudade de comer cuy frito com limão. (Pode pesquisar “cuy + frito” no Google sem medo).
Chegamos ao Alvorada e eu mostrei pra ela os móveis e as cortinas novas. Ela ficou deslumbrada com a minha samambaia. Foi então que chegou o mordomo pra nos informar que o almoço estava servido. O prato? Peru, claro! Aliás, perguntei pra Ná por que o Peru se chama Peru. Ela disse que na verdade é o peru que se chama peru por causa do Peru e por algum motivo quando percebi estava falando da Turquia que é Turkey que é peru. Parecia a Dilma, coitada.
Depois passamos pela Catedral de Brasília e eu disse que era ali que nós, comunistas, íamos sempre que queríamos passar a imagem de cristãos. Ela me perguntou se as pessoas acreditavam nisso e caímos na gargalhada. Muito espirituosa, a Ná. O Peru não sabe o que perdeu. Aí eu mostrei pra ela o Congresso e ela tirou fotos e eu expliquei que era ali que a gente comprava votos e consciências. “Um zoco?”, me perguntou ela e agora estou pensando aqui: como ela sabia do caso do Glauber? “Grebe de la fueme”, expliquei, mas ficou aquele climão, como se falássemos línguas diferentes.
Aí entramos no Planalto. Eu a levei até a minha sala. “Quem é essa?”, perguntou ela ao ver o pôster da Marielle na parede. Abafa, abafa. A Ná me fez umas perguntas estranhas. Tipo, “como você tem uma sala pra você?” e “quantos votos você recebeu?”. Fiz que não entendi, porque não entendi mesmo, e nisso chegou o Lula com um copo de pisco sour numa das mãos, rindo aquele seu sorriso deliciosamente cafajeste e borracho, dizendo: “Cadê a perua?”. Ainda bem que não tinha ninguém ouvindo. Imagine a gafe pro Sidônio contornar. Adiós, diario. Hasta cualquier dia.” (Paulo Polzonoff Jr. é jornalista, tradutor e escritor).
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A fim de evitar mal entendidos e acusações de FAKE NEWS, informo que só ilustro FATOS PUBLICADOS E CHECADOS NA IMPRENSA NACIONAL. Se consultada no google a FRASE ILUSTRADA leva diretamente à matéria que lhe deu origem. EXEMPLO?
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Chegando aos 77 anos de idade, meu objetivo maior é figurar no GUINESS BOOK, reconhecido como
Escuta, tu que julgas em nome da Lei, mas não conheces a Justiça.
Tua caneta vale mais que mil espadas e tua assinatura é mais cruel que a sentença de Caim.
Tu prendeste idosos doentes, homens de fé, mães de joelhos…
Deus vê tua alma e ela treme.
Prepara-te, pois o tempo da colheita vem.
Um dia serás julgado, pela Verdade que não se dobra.
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Este livro não trata de ódio, nem tampouco de política partidária, mas de esclarecimento, consciência espiritual, justiça e verdade. Sem fins lucrativos, trata-se de um trabalho primoroso, colorido, impresso em papel couchê para durar por muitos anos. Disponível no link a seguir, peço que adquiram alguns exemplares, leiam, reflitam e divulguem: https://loja.uiclap.com/titulo/ua91644
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