…é o Poder público indiferente e incapaz.
Conteúdo de J.R. Guzzo editado por Jocelaine Santos na GAZETA DO POVO de 06/05/2024: “O governador do Rio Grande do Sul, comentando a tragédia que devasta o seu estado nestes dias, entendeu que deveria passar para a população e as autoridades uma mensagem de harmonia.
“Não é hora de procurar culpados”, disse ele. O governador provavelmente falou com boas intenções. É possível, perfeitamente, que tenha razão – não é com bate-boca e fazendo cara de bravo que a água vai baixar.
Mas para o cidadão que perdeu sua casa, seus bens e pessoas de suas famílias, fica uma impressão bem amarga. Quando, então, vão encontrar os culpados? Ano após ano os gaúchos, e muitos outros brasileiros, têm suas vidas arruinadas em episódios equivalentes. Mas nunca é hora de identificar os culpados – e é óbvio que alguém tem culpa.
O gaúcho de carne e osso sente, no seu bolso, que paga muito mais imposto do que pagava – em compensação, sofre muito mais com as enchentes. Os responsáveis são as pessoas com nome e CPF que mandam na máquina do Estado, hoje, ontem e sempre. Não têm culpa pela chuva – mas têm culpa pela extensão dos desastres que ela provoca.
a Holanda, por exemplo, está abaixo do nível do mar e não tem inundações. Em lugares como o Brasil, a última coisa que passa pela cabeça dos governantes é a vida real dos governados. Não é por acaso. Todos eles sabem que jamais terão de sofrer as consequências das decisões que tomam.
A devastação que as enchentes estão causando no Rio Grande do Sul é o resultado de um século, ou mais, da inação, da inépcia e da indiferença do poder público, em todos os níveis, para lidar com o fenômeno elementar da chuva.
Não é possível fazerem com que as chuvas obedeçam aos limites do meteorologicamente correto, mas sabem com 100% de certeza que elas vão cair – e têm a obrigação, com os impostos que cobram e que estão hoje entre os maiores do mundo, de trabalhar para que seus efeitos sejam minimizados.
A catástrofe do Rio Grande do Sul prova mais uma vez que esta obrigação continua sendo ignorada. Ou não fazem as obras que deveriam fazer, ou fazem as obras erradas – o que é tão ruim quanto.
O fato é que o gaúcho de carne e osso sente, no seu bolso, que paga muito mais imposto do que pagava – em compensação, sofre muito mais com as enchentes.
Não há perspectivas reais de que a coisa possa melhorar. As cheias do Guaíba, pelo que indica a maioria dos registros, foram as piores desde 1941 quando o presidente do Brasil ainda era Getúlio Vargas. Estamos agora com Lula e a nova ideologia do “clima” – e não há hipótese de que possa vir algo de bom dessa combinação.
Havia, há mais de 80 anos, inundações do mesmo tamanho, ou quase. A causa, na época, era a chuva. Hoje a militância diz que a causa é a “mudança”, ou a “crise”, ou até a “emergência” climática.
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(J.R. Guzzo é jornalista. Começou sua carreira como repórter em 1961, na Última Hora de São Paulo, passou cinco anos depois para o Jornal da Tarde e foi um dos integrantes da equipe fundadora da revista Veja onde foi diretor de redação durante quinze anos).
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A fim de evitar mal entendidos e acusações de FAKE NEWS, informo que só ilustro FATOS PUBLICADOS E CHECADOS NA IMPRENSA NACIONAL. Se consultada no google a FRASE ILUSTRADA leva diretamente à matéria que lhe deu origem. EXEMPLO?
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MUITA SAÚDE POIS, PARA O….
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