“O Ministério Público Federal se fecha em copas diante da pergunta de um milhão de dólares: o próprio presidente está no rol daqueles que terão alguma providência pedida a partir das delações da Odebrecht? Resposta de todas as fontes: vamos aguardar o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, levantar o sigilo dos documentos.
Tal situação equivale, na prática, a fazer letra morta do critério anunciado pelo presidente para afastar ministros: saem temporariamente os denunciados, e definitivamente os réus.
Com parte significativa da Esplanada atingida no peito por citações de envolvimento em esquema de propina ou caixa 2, o governo poderá ficar temporariamente paralisado.” (ESTADÃO).
“Depois que a Lava Jato invadiu a bilionária divisão de propinas da Odebrecht, a bancada dinheirista do Congresso se oferece para reformar o modelo político apodrecido.
A articulação deflagrada em Brasília revela o tamanho da ilusão dos que imaginam que os políticos, alvos de uma rejeição jamais vista, são capazes de entender que a impaciência do país com a rapinagem virou uma força política a ser levada em conta.” (Josias de Souza).
“Em seu primeiro depoimento como réu em processo da Lava Jato, Lula se colocou no lugar de Deus. Disse ao juiz Ricardo Augusto Soares Leite, da 10ª Vara Federal de Brasília, que o primeiro-amigo José Carlos Bumlai não estava autorizado a discutir negócios. O magistrado perguntou se Bumlai poderia ter usado o nome de Lula. E o interrogado: “Doutor, se o senhor soubesse quanta gente usa o meu nome em vão! De vez em quando eu fico pensando pras pessoas (sic) lerem a Bíblia, pra não usar tanto o meu nome em vão.” (Josias de Souza).
“Integrante da “Lista Janot”, indiciado pela Polícia Federal, denunciado pela Procuradoria-Geral da República e réu – por enquanto – em casos graves de corrupção, o ex-presidente Lula está sujeito de 31 anos de reclusão, caso seja condenado à pena mínima, a até 124 anos. Ele se diz “perseguido”, mas as acusações resultam de três operações da Polícia Federal, forças-tarefas distintas e três juízes federais diferentes. Lula responde por corrupção passiva, tráfico de influência, lavagem de dinheiro, enriquecimento ilícito, obstrução da Justiça etc. Lula já foi indiciado por crime de obstrução da Justiça, na Lava Jato, e corrupção passiva no caso do tríplex no Guarujá. O ex-presidente também é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro em contratos da Odebrecht em Angola. Somadas, as eventuais penas de Lula ultrapassariam mais de um século de cadeia, e o Código Penal ainda prevê agravantes. E multas.” (Cláudio Humberto, do Diário do Poder).
“Dois ex-presidentes da República (Lula e Dilma). Dois candidatos a presidente derrotados em eleições passadas e que aspiram concorrer à sucessão de Temer (José Serra e Aécio Neves, do PSDB). Pelo menos cinco ministros de Estado (Eliseu Padilha, Moreira Franco, Gilberto Kassab, Aloysio Nunes e Bruno Araújo). E mais: os atuais presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado (Rodrigo Maia, do DEM e Eunício Oliveira, do PMDB), três senadores (Renan Calheiros, Romero Jucá e Edison Lobão, do PMDB), e dois ex-ministros da Fazenda (Antonio Palocci, preso em Curitiba, e Guido Mantega, ambos do PT). Essas são as estrelas conhecidas até agora da lista com os nomes de cerca de 170 políticos encaminhada, ontem, ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo Procurador-Geral da República Rodrigo Janot. Contra eles, Janot pede a abertura de inquéritos por suposto envolvimento em crimes de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e formação de cartel.
“A grande pizza começa a ser assada fabricando-se um tipo de anistia parlamentar e/ou judiciária para o caixa dois. Em seguida as propinas virarão caixa dois e estamos conversados.” (ELIO GASPARI).
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