quando político fala é brincadeirinha.”
O texto é de Madeleine Lacsko publicado na GAZETA DO POVO, intercalado com os MEMES produzidos nos últimos 3 dias, que por forças ocultas não consegui postar, lembrando sempre que não invento nada; como recordista de MEMES do Brasil apenas ilustro as noticias mais importantes do dia com o objetivo de fazer cócegas no raciocínio de pessoas inteligentes, diante das situações e declarações de suas EXCELÊNCIAS, – que somente elas julgam plausíveis e convincentes – como se fossemos todos idiotas:
“Qual o jeito para combinar a negação da realidade nas manadas de redes sociais com a necessidade de ser um cidadão atuante? Colocar os humoristas no lugar dos políticos. Se o político fala, é brincadeirinha. Se o humorista fala, é muito sério e precisamos tomar providências. Parece ridículo e é ridículo, mas isso tem acontecido com muita frequência. Percebemos que a atuação política de um grupo desanda quando ele começa a levar piada a sério e tratar como brincadeira o que as autoridades dizem.
Não é um fenômeno brasileiro. Também importamos de forma a crítica dos Estados Unidos esse vício de cancelar humoristas praticado pelo identitarismo ou movimento woke. O professor de filosofia Ben Burgis escreveu um livro muito interessante sobre isso, Cancelling Comedians While the World Burns (“Cancelando comediantes enquanto o mundo pega fogo”).
É exatamente o mesmo fenômeno que vemos por aqui. Para deixar bem claro, não trago à discussão o comportamento pessoal de humoristas ou o que eles fazem nas redes sociais. Fico só com o palco, que é arte e está sujeito a um tipo de escrutínio completamente diferente. Se um humorista conta no palco uma piada considerada ofensiva, alguém pode cortar o trecho do vídeo, jogar na internet e daí surge até deputado para processar. O humorista, que era amador, acaba demitido do emprego real.
Tudo o que humoristas como Léo Lins, Danilo Gentilli e Maurício Meirelles dizem é muito mais escrutinado do que aquilo vindo da boca de quem dita os rumos da nação. E aqui há ainda uma inversão total do princípio civilizatório da boa-fé, em que interpretamos o que o outro diz supondo que ele está de boa fé, tentamos entender o que foi dito e o contexto. Tudo o que esses humoristas disserem será sempre lido da pior forma possível e, se não for suficiente, será distorcido.
Aqui chegamos a um ponto importante trazido por Angel Eduardo, senior writer da FIRE, em um de seus artigos mais recentes: como decidir o que é ou não ofensivo? A lacrolândia geralmente aplica a saída retórica “mas todo mundo sabe” ou infere que, se você não achou ofensivo também, você é preconceituoso e precisa ser cancelado. Por isso muita gente, inclusive jornalistas, acaba calando.
Atualmente, editoras e projetos de inclusão contratam nos Estados Unidos os “sensivity readers”, leitores de sensibilidades. Eles é que são encarregados de achar nas obras alheias os pontos que devem ser mudados para reescrever a história de um jeito mais sensível.
Angel Eduardo propõe alguns questionamentos a partir desse fato: “Como qualquer leitor de sensibilidade pode saber o que você ou eu podemos achar ofensivo? As “sensibilidades” de quem estão realmente sendo consideradas e como são determinadas? E se as preferências de dois grupos diferentes, ou de várias pessoas dentro de um grupo, estiverem em conflito? Quem determina qual ofensa tem prioridade? E aqueles que se ofendem com as próprias edições (que suprimem ofensas)?”.
Pois é, não há respostas. Aliás, as respostas são ainda mais difíceis porque uma mesma fala é altamente ofensiva na boca de alguns, os comediantes, e só uma brincadeirinha na boca de outros, os políticos. Quanto mais cerceamos humor e arte em nome da proteção de pessoas, mais produzimos gente violenta e autoritária. Há séculos o ser humano lida com as próprias mazelas e conflitos por meio da arte e do humor. Ali são expostas as chagas da nossa alma e nossas incongruências, mas de forma que possamos rir de nós mesmos, nos ver de fora, nos emocionar, nos compreender e expandir os horizontes.
Nossos Che Guevaras de apartamento não são muito diferentes dos falsos moralistas de conto de Nelson Rodrigues ou das antigas bedéis de colégio de freira. O que os une é a busca virulenta por pureza, o prazer em apontar os erros alheios e um moralismo de quinta categoria.” (Madeleine Lacsko é jornalista desde a década de 90. Foi Consultora Internacional do Unicef Angola, diretora de comunicação da Change.org, assessora no Supremo Tribunal Federal e do presidente da Comissão de Direitos Humanos da Alesp. É ativista na defesa dos direitos da criança e da mulher).
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A fim de evitar mal entendidos e acusações de FAKE NEWS, informo que só ilustro FATOS PUBLICADOS E CHECADOS NA IMPRENSA NACIONAL. Se consultada no google a FRASE ILUSTRADA leva diretamente à matéria que lhe deu origem.
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PARA COMPENSAR OS 3 DIAS QUE NÃO CONSEGUI POSTAR, COM A SITUAÇÃO JÁ NORMALIZADA, peço que COMPARTILHEM ESTE VIDEO: https://www.youtube.com/watch?v=u1iSwqj5MPo
MAIS ESTE: https://www.youtube.com/watch?v=f2iIy7p5S1U
E ESTE: https://www.youtube.com/watch?v=zzU7aeA3150
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