“A corrupção é uma merda! Só não precisava exagerar…
A petralhada já tinha entrado para o lado escroto da História por guardar dinheiro na cueca. Ao todo, foram apreendidos R$ 100 mil em dinheiro vivo na residência do Chico Rodrigues, em Boa Vista. O parlamentar, de Roraima, foi alvo de uma operação que apurava desvio de dinheiro público desviado do combate à Covid-19. A Controladoria Geral da União verificou sobrepreço de quase R$ 1 milhão em licitações direcionadas com valor total de R$ 20 milhões.” (Jorge Serrão – Alertatotal).
“Segundo as manchetes do dia, a PF teria feito um perfunctória investigação num suspeito de mau uso do dinheiro enviado para combater o Covid, e teria encontrado dinheiro no pavilhão retrofuricular de um vício (ou quase isso) líder cão vernamental no egresso.” (Carlos Maurício Mantiqueira, um livre pensador).
“Em nota, o senador disse que não tem envolvimento com atos ilegais. “A Polícia Federal cumpriu sua parte em fazer buscas em uma investigação na qual meu nome foi citado. No entanto, tive meu lar invadido por apenas ter feito meu trabalho como parlamentar, trazendo recursos para o combate à covid-19 na saúde do estado”. (Correio Brasiliense).
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
Grand Finale com a matéria “Acordão da cueca passa sujeira a sujo no Senado” de Josias de Souza, publicada em 20 de outubro de 2020: “De tanto ser brasileiro contemporâneo, o cidadão nascido nesta terra de palmeiras vai adquirindo certa prática. A contragosto, adapta-se à lógica do lugar, pois há método na desfaçatez. O Brasil deixou de ser imprevisível. Tornou-se um país absurdamente previsível. O Senado alcançou uma façanha: passou a sujo o escândalo da cueca endinheirada. Fez isso num instante em que há no ar uma fome de limpeza. Davi Alcolumbre, presidente da Casa, tricotou um acordão que acomodou a imundície em baixo do tapete —com o Supremo, com tudo. Todos saíram ganhando, exceto a moralidade, que continua perdendo.
Empurrado para uma licença de 121 dias, o dono da cueca trancou-se em seus rancores sem abrir mão das prerrogativas de parlamentar. Assume a poltrona de senador o “cueca júnior”. Filho e suplente do “cueca sênior”, ele passará a desfrutar de todas as regalias que o déficit público pode pagar -de moradia a motorista, de médico a dentista. A banda corporativa do Senado pode exercitar o seu espírito de corpo —ou de porco— sem precisar gravar as digitais no painel eletrônico. O ministro Luís Roberto Barroso, que afastara a cueca do mandato por 90 dias, sentiu-se à vontade para dar meia-volta. Livrou-se de sofrer uma derrota no plenário do Senado.
Armava-se ali uma emboscada contra a sanção cautelar. O presidente do Conselho de Ética, Jayme Campos, pode colocar no freezer o pedido de cassação do mandato da cueca. O DEM, partido coabitado por Chico Rodrigues, Davi Alcolumbre e Jayme Campos, continuará se fingindo de morto, como se nada tivesse sido descoberto pela polícia. O maior inconveniente de toda essa movimentação é o convívio com políticos e autoridades que agem no pressuposto de que vivem num país de bobos. Essa gente parece decidida a acordar o asfalto.”
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
Para compartilhar no face book, clique no primeiro quadro:
Comentários Fechados