A notícia mais importante do dia, ilustrada para fazer "Cócegas no Raciocínio" e fomentar a indignação dos que são contra o PACOEPA - Pacto Corruptônico que Envergonha o País.

 

“Quando um idoso morre, uma biblioteca se incendeia”. O ditado, sem origem conhecida, mostra o prejuízo sofrido por uma sociedade que perde uma geração que já viveu (e sobreviveu) a todo tipo de provação. O conhecimento, a história, a força do exemplo viram cinza e fumaça.

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A pandemia do novo coronavírus, além de colocar a vida da população em risco, escancarou o preconceito com os mais vividos. Grupo de risco da Covid-19, os maiores de 60 anos entraram em isolamento social rapidamente e acompanharam, pela tela da televisão ou do celular, o caminho do vírus que foi matando 4.648 pessoas na China, 34.708 na Itália, 28.338 na Espanha, 124.161 nos Estados Unidos e 57.070 no Brasil. Sem dó, o Sars-Cov-2 levava, principalmente, os mais velhos. Em alguns países, era preciso escolher quem ia viver: o idoso ou o jovem.

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Depois, veio o desrespeito. Eles precisaram escutar que a doença mataria “apenas” idosos, como se fossem descartáveis. Que eram teimosos e ingênuos e que precisavam ser tratados como criança para obedecer o isolamento. Que era “só” separar os mais velhos e liberar os jovens para fazer a economia girar, ignorando a dependência de muitas famílias sobre a renda dos aposentados.

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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido), contrariando especialistas internacionais, defende o isolamento apenas dos “mais idosos, quem tem doenças e é fraco”.

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A economista Solange Vieira, da Superintendência de Seguros Privados (Susep), autarquia vinculada ao Ministério da Economia, chegou a afirmar que era “bom” as mortes se concentrarem entre os aposentados. “Isso melhorará o desempenho econômico, pois reduzirá nosso déficit previdenciário”, disse.

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Enquanto o turbilhão de informações e emoções ia tomando conta do noticiário, a patrulha da população não se furtou em humilhar quem saía às ruas desprotegido. Nossos velhos se esconderam. Aqueles que entendem melhor a tecnologia, conseguiram manter a comunicação com a família e amigos por chamadas de vídeo. Outros, sem muita intimidade com o celular, acabaram se isolando ainda mais.

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Sem poder sair para as suas atividades sociais, ir ao banco, à igreja, ao mercado, ao banquinho da praça, a saúde mental dos idosos vai se deteriorando. Muitos também abandonaram os exercícios físicos e precisam se desequipar para enfrentar o mundo pós-pandemia. Mas, em contrapartida, há quem tenha encontrado conforto e segurança na nova rotina diária. Eles sentem falta dos abraços dos familiares, mas aceitaram que o momento é de introspecção. Para saber como os idosos estão se sentindo durante a pandemia, o Metrópoles foi atrás deles. Usando as redes sociais, perguntamos como está sendo o isolamento.

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Recebemos 50 relatos. Algumas pessoas estão aproveitando o tempo livre para construir uma nova parte da casa, outros decidiram rever os armários e as roupas que não servem mais. Muitos se redescobriram na cozinha, aprenderam a assistir a filmes nas plataformas de streaming ou se engajaram em um novo hobbie. Há também quem esteja com medo, paralisado pelo receio de ser inútil e pela proximidade da morte, com saudade da família e só pedindo, todos os dias, que a ciência derrote o novo coronavírus e a vida volte logo ao normal.” (Juliana Contaifer – Metrópoles).

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